#SEMPRESSAPRAVIVER

Por Irineu Villanoeva Junior

“Um dia nós vamos morrer. Mas todos os outros dias nós vamos viver.”

Todo mundo vai morrer. Precisamos falar abertamente sobre a morte e entendê-la como parte da vida.

O dia em que tivermos mais consciência sobre ela, viveremos melhor e, a partir disso, vamos valorizar o nosso tempo, as nossas necessidades, os nossos projetos e as nossas relações.

Entre o nascer e o morrer é o viver. Este é o tempo presente. O agora. Isso nos faz repensar a quantidade de tempo e energia que depositamos nas coisas e nas pessoas. Ter consciência desse tempo presente vai contribuir para que a nossa trajetória de vida seja mais completa, e dedicaremos mais tempo para aquilo que realmente importa. E, neste sentido, não importa a velocidade, e sim a direção, a intensidade.

O mundo moderno nos cobra pressa. Como se o relógio do tempo marcasse os minutos que não podemos perder, as horas que passam, o dia que voa e, nesse ritmo, acabamos nos perdendo e só vamos perceber quando pararmos. Nós precisamos de pausas. Nós precisamos de calma. Não precisamos de pressa. Precisamos de viver sem pressa. Não ter pressa significa termos a oportunidade de observar melhor as coisas ao nosso redor num mundo acelerado. Precisamos desacelerar, pensar devagar, digitar devagar, conversar devagar, andar devagar, abraçar e beijar devagar. Isso é desacelerar. E quando criamos este movimento, partindo de nós, o mundo também desacelera.

Precisamos vislumbrar para as nossas vidas um trajeto tranquilo e precioso que é chegar ao interior de nós mesmos para compreendermos o propósito da nossa existência. E isso muda os rumos da vida pessoal e coletiva. E, assim, faremos uma conexão por meio da experiência da empatia e do amor. O amor próprio e o amor pelos outros.  O amor sem pressa. Sem pressa pra viver.