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Baralho Clarieta

Baralho Clarieta

PROALU - Programa de Acolhimento ao Luto

Crédito foto: Alexandra Villaça

Por Alexandra Villaça

Telefonei para o hospital veterinário e confirmei que eles tinham recebido uma ninhada na noite anterior e combinei de passar por lá quando saísse do trabalho. Saí de minha sala saltitante e fui falar com um dos professores da escola de inglês que eu coordenava à época. Ele era um grande amigo e sabia que ter recebido aquela indicação de um dos nossos alunos naquele dia tinha sido de grande importância para mim.

Estávamos em intervalo entre aulas e aproveitamos para irmos à Pet Shop que ficava na mesma quadra da escola. Eu queria preparar o enxoval da minha gatinha. Naquele momento nós nem sabíamos se iríamos encontrar uma fêmea, mas meu impulso foi ir escolhendo potinhos, caminha, caixinha de areia, tudo rosinha e com flores pensando que mais à noite iria adotar e levar uma gatinha para casa.

As aulas acabaram; lá fomos eu e Helbert ao hospital veterinário. Este era longe, em um bairro bem afastado de Brasília, pouco habitado em 2007. Lá chegando fomos recepcionados por um funcionário que logo nos levou a uma gaiolinha onde tinham apenas 2 gatinhos. Como eram pequenos! Os olhos ainda fechadinhos; aquele miado estridente. Durante o dia o restante da ninhada tinha sido adotado e o que eu não escolhesse já tinha casa certa. Só tinha uma fêmea e esta foi embora conosco.

Clarieta, nome escolhido em conjunto por mim e por minha avó paterna, Lygia, outra amante incondicional de gatos, era uma bolinha de pelos cinza com algumas manchinhas brancas que cabia na palma da minha mão. Naquela primeira noite Clarieta era apenas isso. Assim como a raposa do Pequeno Príncipe “era uma raposa igual a cem mil outras” (Antoine de Saint-Exupéry) antes de ser cativada e de se tornar única no mundo para ele.

De acordo com a Teoria do Apego de John Bowlby (1951), os animais têm um instinto de cuidar, inclusive entre espécies, que é ativado quando se deparam com um Comportamento de Apego, comportamento instintivo de sobrevivência emitido para ter alguma necessidade de sobrevivência satisfeita (Bowlby, 2002). Reconheci em Clarieta um alguém menos capaz, um alguém que não sobreviveria sem meus cuidados, meu sistema cuidador foi ativado e aos poucos fui decifrando sua fragilidade e entendendo seus comportamentos de apego para fazer frente às suas necessidades. E assim, nesse pas de deux do cuidar nos vinculamos e ela passou a ser para mim única no mundo como a raposa e a rosa do Pequeno Príncipe eram para ele.

Durante as duas primeiras semanas, Clarieta foi comigo ao trabalho todos os dias. Como era muito novinha precisava comer a cada 2 horas com a ajuda de uma seringa e ser estimulada para urinar e defecar. Eu a levava em sua caminha e colocava embaixo da minha mesa. Foram duas semanas de uma rotina muito intensa de cuidados, cuidados estes que favoreceram nos conhecermos e ficarmos íntimas. Com o passar do tempo já sabia que quando a colocava em meu peito para dormir ela se sentia mais segura e não chorava à noite, quanto precisava comer a cada alimentação e até quando indicou que já conseguiria comer sozinha.

Após alguns meses, adotei Henrique, outro gatinho filhote. Henrique não era tão pequeno quanto Clarieta quando chegou e por isso não precisou de tantos cuidados. A adaptação não foi fácil, mas aos poucos foram se tornando companheiros. Após dois anos me mudei para São Paulo e trouxe ambos comigo.

Em 2010 iniciei a faculdade de Psicologia, fundamental para a continuidade desta história. Neste mesmo ano a família começou a aumentar com a chegada de Haroldo. À medida em que o curso avançava a família também aumentava. No último ano do curso éramos 9 em casa. Eu havia me casado, meu marido, Gabriel, tinha uma cachorrinha, eu já tinha 5 gatos e uma cachorrinha também. A família era grande.

No último ano do curso precisei escolher minhas áreas de estágio. Confesso que foi muito difícil fazer essa escolha. Amava a psicologia, mas até aquele momento só me imaginava como psicóloga clínica e ter que escolher outras áreas de atuação para estagiar era algo impensável para mim. Minhas escolhas foram baseadas no que eu, talvez, desgostasse menos. Mal sabia eu à época que uma dessas escolhas mudaria minha visão de mundo, de cuidados, do fazer psicológico e do viver de forma tão intensa.

O estágio em psicologia da saúde foi um divisor de águas não só definindo minha área de atuação na psicologia, mas meu posicionamento sobre saúde, sua promoção, vida e morte. Nele fui magistralmente supervisionada pela professora Dra. Luciane Barreto que me apresentou, dentre tantas coisas lindas e importantes, os Cuidados Paliativos. Estagiei em uma instituição para pacientes com uma determinada doença crônica, degenerativa e incurável. Acompanhei de perto os cuidados por eles recebidos junto a meu companheiro de estágio Vitor, como se encontravam emocionalmente tanto eles quanto cuidadores e familiares e fui me encantando com a possibilidade de estudar para realizar um cuidar diferente. Seis meses após me formar iniciei a especialização em Cuidados Paliativos na Casa do Cuidar onde muito vivi, senti e aprendi sobre outras áreas de atuação, afinal, Cuidados Paliativos, por definição, é uma assistência promovida por uma equipe multidisciplinar.

Enquanto eu me especializava em Cuidados Paliativos, Clarieta foi dando sinais de que não estava bem. Nesta época nossos 7 bichinhos já eram atendidos pelas Dras. Nathalia Negrão e Gabriela Dias. Tínhamos nos mudado, o antigo veterinário deles, Dr. Carlos ficava um pouco distante e Agatha, minha cachorrinha, já necessitava de cuidados mais constantes em função da idade avançada. Estava comigo há 3 anos, mas foi adotada já idosa com uma idade aproximada de 12 anos. Clarieta passou por várias consultas e realizou vários exames até que fomos encaminhados para uma clínica exclusiva para gatos. Após alguns outros exames e consultas com a veterinária Paula, fomos encaminhados para uma oncologista. O coração ficou pequeno, a angústia e o medo se tornaram íntimos nossos. Após biópsia recebemos a notícia de que Clarieta tinha linfoma.

Enquanto revisito esses momentos para contar aqui para vocês consigo me sentir naquele consultório, naqueles momentos; revivo a angústia da espera enquanto ela estava em cirurgia, a ansiedade aguardando dias pelo resultado da biópsia; o silêncio que invadiu a sala após recebermos o diagnóstico e  todas as sensações físicas que senti à época: taquicardia, boca seca, dificuldade em compreender o que estava acontecendo diante de mim. A partir daquele momento estávamos oficialmente enlutados e conviveríamos com este luto antecipatório por quase dois anos.

Para muitos pode parecer estranho trazermos o processo de luto nesta história. Na verdade, a explicação é muito, muito simples. O processo de Luto para Bowlby (1997) envolve a perda de uma figura de apego. Parkes (1998) ao se auto-intitutar como “Bowlbiano”, compartilha do entendimento de que o luto acontece devido o rompimento de um vínculo afetivo assim como Bowlby e acrescenta poeticamente que este processo é “o custo do compromisso”. O mesmo autor ainda ressalta que este processo tem como componentes essenciais “a experiência da perda é uma reação de anseio intenso pelo objeto perdido” (PARKES, 2009, p.42).

Lembremos que com o cuidar de Clarieta nasceu o vínculo entre nós. Lembremos que Clarieta deixara de ser uma “bolinha de pelos cinza com algumas manchinhas brancas que cabia na palma da minha mão” (sic) e passara a ser “para mim única no mundo como a raposa e a rosa do Pequeno Príncipe eram para ele” (sic). Assim sendo, receber o diagnóstico de que Clarieta tinha uma doença séria e incurável, acompanhar seu tratamento, seu adoecimento, suas perdas advindas da doença, sim, nos fizeram vivenciar o luto antecipatório.

Faz-se mister ressaltar que o luto é um processo, portanto dinâmico e não-linear, multidimensional que impacta a pessoa de maneira integral, ou seja, biopsicossocial, cognitiva e espiritualmente, como resposta a uma perda que pode ser simbólica ou palpável, aceita ou não pelo contexto social em que a pessoa está inserida (PARKES, 1998 apud CASELLATO, MAZORRA, FRANCO & TINOCO, 2009).

O luto pelo animal de estimação ainda é considerado um luto não reconhecido apesar das mudanças evidenciadas na vinculação homem-animal ao longo dos anos. Muitos aqui vão lembrar da época em que eles ficavam no quintal, se alimentavam de sobras, muitas vezes a relação estabelecida era apenas de utilidade e o trabalho dos médicos veterinários era mais focado no controle de zoonoses.

Hoje já conseguimos ver com muito mais frequência os bichinhos dentro de casa. Existe um estudo grande voltado para sua alimentação e seu bem-estar e o médico veterinário assumiu cada vez mais um papel voltado para a qualidade e o prolongamento de suas vidas.

A Psicóloga Dra. Déria de Oliveira, em sua tese de doutorado “O luto pela morte do animal de estimação e o reconhecimento da perda” (2013) fala dessa relação atual e traz dados que confirmam que estamos vivendo novos tempos. Em sua pesquisa destacou que o Brasil é o segundo país com maior faturamento do mercado mundial na área de animais de estimação e ao entrevistar enlutados pela perda de seu bichinho, teve como resultado que 56% consideravam seu animal de estimação como membro da família e 51% entendiam que a convivência com eles significa amor incondicional. Se tivéssemos sido entrevistados por ela, com certeza faríamos parte destas duas percentagens.

Durante quase dois anos Clarieta se manteve estável. As visitas à oncologistas eram de rotina e acompanhamento, as medicações não precisaram ser alteradas, ela continuou brincando, comendo, dormindo em nossos peitos e descendo para correr no espaço para animais do nosso prédio. Ah! Como ela gostava desse passeio. Deitava-se após andar e explorar bastante em algum cantinho do gramado para tomar banho de sol enquanto conversávamos ou líamos nos banquinhos.

Em abril de 2018 o cenário começou a mudar. Clarieta começara a perder peso, não comia mais a quantidade diária necessária e logo reparamos uma certa apatia. Novos exames e consultas foram realizados, mas nada significante fora identificado. Passamos a complementar a sua alimentação dando-lhe pastinha hipercalórica na boca com o auxílio da haste de uma colher de café. Funcionou. Clarieta voltara a ganhar peso após um tempo e a mantê-lo com esta medida, mas passara a ficar nauseada e chegara a vomitar por diversas vezes. A recomendação da oncologista fora a sua internação, a priori, para controle de sintomas. O local indicado fora o mesmo no qual Clarieta ficara internada por dois, três dias após sua cirurgia para realização de biópsia. Sentimo-nos seguros, em casa.

Quando fez a cirurgia para biopsia em 2016, foi recomendado que Clarieta ficasse internada neste centro médico que trabalha quase que exclusivamente com internação. O local situado na zona sul de São Paulo é bastante conhecido por este serviço e tivemos uma excelente experiência nesta época. Clarieta foi muito bem cuidada e nós também.

Cancelamos nossos atendimentos e seguimos imediatamente para lá. A oncologista já havia solicitado a internação e o local já estava à nossa espera. Chegamos lá com ela, repassamos todo o seu quadro e os cuidados que estávamos oferecendo em casa. Levamos, como da outra vez, uma imagem de São Francisco, cobertinhas com cheirinho de casa, brinquedinhos, suas latinhas de pastinha hipercalórica, a canequinha que usávamos para amolecer a pastinha e a colherinha de café cuja haste usávamos para colocar as porções de comida em seu palato. Saímos em paz, nos sentimos seguros e confortáveis em internar Clarieta naquele local por nós já conhecido e que nos remetia a um excelente cuidado.

À noite fomos visitar Clarieta. Nos disseram que ela não tinha comido, que ofereceram, mas que ela não tivera interesse em comer. Explicamos à veterinária que nos recepcionou que ela não comeria sozinha. Isso havia sido explicado à profissional que nos recebera no começo da tarde. Um certo incômodo nos invadiu naquele momento. Não éramos mais os mesmos de 2016. Nesta época eu já tinha terminado minha especialização em Cuidados Paliativos e meu marido, também psicólogo, sempre participara muito dos meus estudos e discussões. Nossa concepção de cuidado era outra, envolvia muitas dimensões e ter a percepção de não termos sido escutados nos deixou alertas.

Durante a visita, pedi para mostrar aos veterinários que estavam de plantão a forma como fazíamos a alimentação de Clarieta. Senti que era importante mostrar para eles porque pairava uma preocupação quanto a broncoaspiração por não ser uma alimentação espontânea. Lembro de sentar-me no chão, pedir as coisinhas dela, preparar tudo e mostrar que ela deglutia por conta própria, que tudo o que fazíamos era colocar o alimento na boca, que não havia risco de broncoaspiração. Eles concordaram. No outro dia pela manhã, na ligação de acompanhamento, mais uma vez recebemos a mesma informação: Clarieta não quis comer. Nosso pesadelo começaria ali.

Fomos correndo à clínica determinados a tirar Clarieta de lá. Conversamos com veterinários e com a gerente administrativa. Explicamos sobre nosso descontentamento e nossa percepção de ausência de cuidados com Clarieta e desrespeito conosco por não estarem seguindo nossas orientações. O problema na comunicação entre profissionais e nós tutores era claro e evidente e algo que nos preocupava horrivelmente. Conhecíamos nossa gatinha, sabíamos como ela se comportava, já estávamos em uma rotina de cuidados com ela há muito tempo, não tínhamos o conhecimento técnico dos veterinários, mas tínhamos o nosso conhecimento quanto tutores de Clarieta e de todos os nossos outros bichinhos e tínhamos certos conhecimentos por conta da especialização multidisciplinar. Temíamos que ela tivesse lipidose hepática em decorrência da subnutrição. Prometeram seguir nossas orientações, deixamos Clarieta lá. Três dias depois perdemos nossa gatinha.

Clarieta fora internada para controle de sintomas, mas acabou com lipidose hepática por não ter sido alimentada de forma correta, teve piora de seu quadro e indicação de cirurgia para nova biópsia e nesta foi colocada  sonda para alimentação. Nenhum desses procedimentos nos fazia sentido, mas, sim, foram autorizados por nós. Tivemos várias conversas; deixamos claro nosso posicionamento quanto aos cuidados, eu disse que era paliativista,  questionamos sobre os procedimentos, sobre a compatibilidade de tais ações diante do quadro. Não sei bem o que houve. Paralisamos a um certo ponto. Sua piora foi tão rápida, tão avassaladora. 4 dias. Estávamos muito desorganizados, cansados, confusos, magoados. Clarieta se foi nos braços do meu marido, seu lugar favorito no mundo.

A revolta tomou conta de nós. Não termos sido ouvidos, respeitados, não terem respeitado nossos desejos. Desses sentimentos, veio a necessidade de agir. Precisávamos falar sobre o que tinha acontecido. Fez parte de nosso processo de luto organizarmos rodas de conversas para veterinários. Eu e Gabriel chamamos as veterinárias de nossos bichinhos, Nathália Negrão e Gabriela Dias, e organizamos 5 encontros nos quais tivemos a oportunidade de falar sobre morte, luto, cuidados paliativos, cuidados integrativos, espiritualidade, comunicação de más notícias, Burnout e Fadiga por Compaixão no âmbito da medicina veterinária

As rodas aconteceram com parcerias importantes de vários profissionais, organizações e instituições de ensino. Contamos com o apoio do Quatro Estações Instituto de Psicologia, da Casa do Cuidar; tivemos palestras da Psicóloga especialista em luto Patrícia Vidal, do pessoal do projeto Vamos Falar sobre Luto?. Logo estávamos palestrando em universidades e participando de eventos.

Em uma das rodas, fizemos uma oficina com o baralho Cartas Sagradas da Casa do Cuidar. Enquanto fazíamos a atividade tive a ideia de fazer um baralho parecido para ser utilizado por veterinários junto a tutores. Conversei com a veterinária Nathália Negrão e começamos com o projeto. Estudamos bastante, pesquisamos sobre o assunto aqui no Brasil e no mundo e não achamos nada parecido. Fazendo uso de nossas pesquisas sobre o que em outros países eles chamam de Diretivas Antecipadas de Vontade em Medicina Veterinária, o baralho da Casa do Cuidar e o baralho Go Wish, em novembro de 2018 já tínhamos em mãos o Baralho Clarieta.

Lembro da importante intervenção da advogada Dra. Luciana Dadalto que nos orientou a não utilizar o termo Diretivas Antecipadas de Vontade uma vez que os tutores é que decidiriam sobre os cuidados e sugeriu que chamássemos de instrumento de Planejamento de Cuidados em Medicina Veterinária. Gratidão imensa por essa orientação e pela conversa que tivemos. Eu não apenas estava engatinhando em Cuidados Paliativos, mas também na psicologia. Nessa época eu tinha menos de 2 anos de formada. Toda ajuda que tivemos, na roda de conversa e na construção do Baralho Clarieta foram muito importantes para termos difundido um pouco sobre a necessidade de se falar sobre todos os assuntos por nós abordados dentro da medicina veterinária.

No outro ano continuamos com workshops do Baralho Clarieta, demos aula no curso de especialização da PAV a convite do veterinário paliativista Vinícius Perez e em outras universidades. Neste mesmo ano comecei minha especialização em luto no Quatro Estações Instituto de Psicologia e fui adentrando cada vez mais nessa área.

Aos poucos eu e Gabriel fomos nos afastando do projeto. Hoje o Baralho Clarieta é cuidado pela co-criadora a veterinária Nathalia Negrão. Gostamos de pensar que nosso envolvimento no projeto nos ajudou em nosso processo de luto e que fez sentido durante ele. Nathália continua palestrando e trabalhando com o Baralho Clarieta até hoje.

 

 

BOWLBY, John. Apego, 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

CASELATTO, Gabriela; MAZORRA, Luciana; FRANCO, Maria Helena Pereira; TINOCO, Valéria. Luto complicado: considerações para a prática. In: SANTOS, Franklin Santana (org.) A arte de morrer – visões plurais. São Paulo: Comenius, 2009.

OLIVEIRA, Déria de. O luto pela morte do animal de estimação e o reconhecimento da perda. 2013. 187f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC, São Paulo, 2013.

PARKES, Colin M. Luto: Estudos sobre a perda na vida adulta. São Paulo: Summus, 1998.

PARKES, Colin M. Amor e Perda: as raízes do luto e suas complicações. São Paulo: Summus, 2009.

 

 

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2 Comments

  • Heldio Villar disse:

    Um relato realmente emocionante. Sou apaixonado por gatos e a perda da minha gatinha, Carina, há mais de 40 anos, fez com que nunca mais voltasse a criar os bichanos. Considero o amor por um animal o mais verdadeiramente puro que pode existir, já que o amor materno embute a preservação da espécie. Não cheguei a conhecer Clarieta, mas sou fã do Haroldo. Gatos não são festivos, são independentes, mas também são insidiosos. Eles fazem parte de nossas vidas como nenhum outro animal. Parabéns pelo texto.

  • Gabriel Villaca disse:

    Fico feliz que essa história tão difícil tenha voz e que mais pessoas conhecerão e poderão levar a frente não só o Baralho que é o legado de Clarieta, mas de que o luto pelo pet é sim um luto válido e de que, ao contrário do que uma parte das pessoas pode pensar, Cuidados Paliativos é um lugar de potência, dignidade e respeito também na medicina veterinária.

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